segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Assembleia da Rede Estadual aprovou; #AGREVECONTINUA

Aos 53 dias de paralisação, educadores exigem proposta para voltar às atividades

Os trabalhadores da rede estadual de educação de Mato Grosso deliberaram em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira (4) em Cuiabá pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Aos 53 dias de paralisação os educadores defenderam que a prorrogação para o fim do movimento é atrelado ao posicionamento truculento do governo.

"A greve não terminou ainda por irresponsabilidade do governador Silval Barbosa que está trabalhando a questão da paralisação do ponto de vista pessoal. Esta semana ele não aceitou a articulação da categoria junto a Assembleia Legislativa", pontuou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Henrique Lopes do Nascimento.
A assembleia geral foi realizada com a quadra esportiva da Escola Estadual Presidente Médici lotada. Trabalhadores em greve a Capital e interior estiveram presentes para traçar os rumos do movimento.

De acordo com as votações está mantido o acampamento ao lado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Cuiabá, serão realizadas reuniões locais com diretores e assessores pedagógicos informando sobre os direitos trabalhistas frente às ameaças de retaliação do governo, além de um calendário de atividades.

Segunda-feira (7) será realizado o "Dia do Barulho" na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e nas assessorias pedagógicas, na terça-feira (8) os educadores começam a acompanhar os trabalho na Assembleia Legislativa na sessão da tarde.

Os trabalhadores retornam ao Legislativo na quarta-feira (9) com a realização de um café da manhã. Foi deliberado o indicativo de pernoitar no local caso não haja avanços nas negociações para buscar o posicionamento oficial dos deputados.

Na quinta-feira (10) continua a atividade na Assembleia na sessão matutina. À tarde a categoria realiza assembleia geral e ato público. Está deliberado para o dia 15 de outubro o fechamendo das rodovias federais simultaneamente. A ação poderá ser antecipada para o dia 11 de outubro. Após a realização da assembleia os educadores saíram em passeata pelas ruas da Capital.

Avaliação

"Há mais ou menos 60 dias estávamos aqui e fazíamos a avaliação de que o início da greve não seria fácil. Agora podemos afirmar que estratégico para nós é ter a greve, pois é ela o principal instrumento de pressão para alcançarmos as nossas reivindicações", disse o secretário de articulação sindical do Sintep/MT Julio Cesar Martins Viana.

Para a secretária de políticas sociais do Sintep/MT Maria Celma de Oliveira o momento é de garantir a manutenção dos servidores em greve, mesmo diante das ameaças ilegais do governo. Alguns educadores utilizaram o microfone e manifestaram a continuidade da adesão ao movimento, mesmo sendo contratados.

O secretário de infraestrutura sindical do Sintep/MT Edson Evangelista dos Santos destacou a necessidade de permanecer na luta. "Nós não devemos ter medo dessas ameaças feitas pelo governo. Fui professor interino por 7 anos, presidente de subsede, secretário do Sintep/MT e nunca sofri retaliação. Isso não passa de balela, terrorismo. A gente tem que superar isso e continuar com o nosso movimento de paralisação. Essa greve ainda vai durar muitos dias e precisamos ter força para resistir", disse.

Liliane Cristina Borges de Várzea Grande é educadora e afirmou que o único medo que tem é de sentir medo.

Fonte - www.sintep.org.br

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