terça-feira, 21 de maio de 2013

Alimentação escolar continua sendo problema na rede municipal de ensino de VG

Os relatos sobre as precárias condições de atendimento da alimentação escolar em Várzea Grande continuam. Os problemas vão desde a falta de alimentos até a devolução de produtos como a carne em função do alto índice de sebo.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso SINTEP-MT (Sintep/VG), Gilmar Soares, visitou a Escola Municipal de Educação Básica David Mayer, localizada na rua principal s/n°, no Bairro São Simão, na semana que antecedeu o início da greve e encontrou apenas macarrão nas prateleiras.

“Dentre os relatos que estão chegando, o problema da irregularidade na entrega dos produtos é o mais frequente. Em algumas escolas faltam produtos básicos como arroz, macarrão e outros. Já em outras escolas os armários estão completamente vazios. A realidade denunciada é de que não chegam alimentos suficientes. A gestora de uma escola relata que recebeu duas unidades de mamão e algo em torno de 30 laranjas para distribuir entre 150 alunos. Ainda, de acordo com os relatos, uma equipe da Secretaria Municipal de Educação (SME) tem visitado as escolas e orientado que as crianças não devem entrar uma segunda vez na fila da merenda”, afirma o presidente do Sintep/VG.

“Segundo uma técnica em nutrição escolar, as crianças que estudam em uma realidade de carência reclamam da falta de alimento na escola. “É de doer o coração, os alunos as vezes pedem para comer a sobra da panela de tanta fome”, frisou a servidora que pediu para não se identificar.

Diante dos relatos, os trabalhadores da rede municipal, em Assembleia Geral, indicaram para a direção publicar no blog uma espécie de QUADRO MURAL DA MERENDA ESCOLAR EM VÁRZEA GRANDE. “O quadro mural será uma espécie de espaço para se publicar as aberrações que acontecem em torno da merenda escolar em nosso município”, explica o professor.

Redução do número de servidores nas escolas

Outra reclamação geral é a redução do número de servidores nas escolas. Os trabalhadores da educação relatam que a SME vem recontando os alunos nas escolas e onde houve redução de alunos, promovem também a redução do quadro de pessoal. Escolas que tinham três merendeiras, agora só tem uma. Nas escolas onde tem o Programa Mais Educação, do Governo Federal em parceria com o município, o problema é ainda mais grave. As merendeiras afirmam que não tem ajuda para preparar os alimentos. Informam que tem que preparar e servir os alimentos para os alunos que estão no programa e para os alunos que estão nos seu horário normal.

“Diante dessas situações, a direção do SintepVG solicita aos servidores que enviem seus relatos sobre a situação da merenda escolar. O Objetivo é protocolar no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Estado, a realidade vivida em Várzea Grande”, conclama o professor Gilmar Soares .

Será marcada uma reunião com as escolas que desenvolvem o Programa mais educação para avaliar a situação de forma mais concreta, informou o presidente do sindicato.  

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