sexta-feira, 12 de abril de 2013

Conselho de representantes da rede estadual em VG constata: Situação nas escolas estaduais preocupa a categoria


A Direção da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG) convocou e realizou neste dia 11 de abril (quinta-feira) o Conselho de Representantes das Unidades Escolares da Rede Estadual, com objetivo de organizar a participação de Várzea Grande na semana de Paralisação na luta pelo piso de R$ 1.937,26; posse dos classificados no concurso público; horas atividades para interinos, dentre outros.

Segundo o presidente do Sintep/VG, Gilmar Soares, os representantes das unidades escolares apresentaram a realidade vivida nas escolas. “Foram muitos os problemas apresentados, bem diferentes do que o governo vem apregoando em matérias pagas na televisão, de que o governo tem feito muito pela educação em nosso estado. Pelo menos em Várzea Grande não se confirma o teor da matéria veiculada pelo Governo Silval Barbosa”, afirmou o professor Gilmar.

Confira a lista dos problemas apresentados pelos representantes das unidades escolares:

·        ESCOLAS ESTÃO SEM RECEBER VERBA DO PDDE: a informação é de que as escolas estaduais estão sem receber repasses da SEDUC e muitas escolas tem tido dificuldade de adquirir materiais pedagógicos ou estão comprando fiado, repetindo esquemas já superados nesta mesma gestão;

·         ESCOLAS ESTÃO COM PROBLEMAS COM A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR:

·        SALAS SUPERLOTADAS: em várias escolas há superlotação de turmas. Em regiões com construção de conjuntos habitacionais, o problema aumenta. Situação física das escolas (ausência de laboratórios, computadores, ar condicionado, bibliotecas, quadra coberta) tem provocado êxodo dos alunos para outras escolas.

·        FALTAM ESCOLAS ESTADUAIS PARA ATENDER A DEMANDA DE MATRÍCULAS. As filas denunciam a cada período de matrículas que não planejamento para atendimento da demanda entre o poder público estadual e o poder público municipal, o que redunda em alunos fora da escola ou pais e mães dormindo em fila para conseguir matricular seus filhos.

·         ACONTECE RODIZIO DE TURMAS EM ESCOLA DE VÁRZEA GRANDE: há denúncia de rodízio de turmas em uma escola de Várzea Grande e também de salas de aulas funcionando nas mesas do refeitório ou debaixo de arvores;

·         GRATIFICAÇÃO DE DIREÇÃO E SECRETÁRIO DE ESCOLAS PROMOVE SUPERLOTAÇÃO DE TURMAS EM ESCOLA: tendo em vista que a gratificação de direção e coordenação vale mais dinheiro a partir do número de alunos matriculados e frequentes, há denúncia de salas com até 60 alunos em VG. Outro problema é a pressão sobre os professores. Estamos vivendo a ditadura do burocratismo e do ativismo nas escolas.

·         ESCOLAS ESTADUALIZADAS E SEM PRÉDIOS PRÓPRIOS ou onde os prédios alugados não tem as medidas exigidas, ou seja são menores, há problema com o número de aluno e o sistema e com o numero de profissionais, tanto da articulação quanto da limpeza.

·        DEFICIÊNCIA DE APRENDIZAGEM: vem crescendo o número de alunos com deficiência de aprendizagem o que exige acompanhamento especial. Há dificuldades crescentes com o atendimento desses alunos em virtude da insuficiência de pessoal.

·        TRABALHO DO TAE NOS CEJAS: foi levantado o problema dos TAEs nos CEJAs. Em função da matrícula trimestral, o trabalho de escrituração se acumula a cada três meses e precisa ser pensado uma forma a não sobrecarregar os mesmos.

·         MUROS CAINDO: algumas escolas em VG estão com o muro caindo. Mesmo com denúncias na mídia televisiva e promessa de reconstrução pela SEDUC, o problema continua, pois as obras não iniciaram;

·         APARELHOS DE AR CONDICIONADO EMPILHADOS: diversas escolas denunciam que tem aparelhos de ar condicionado a 3 ou 4 anos empilhados. Quando instalados, não funciona, pois a rede de energia não suporta.

·         LABORATÓRIOS DE INFORMATICA SEM USO: a situação se repete com laboratórios de informática. Há escolas que a energia não suporta. Revisão na rede já foi solicitada mas a SEDUC não atende o pleito.

·         REDE CEMAT LEVA 200 DIAS PARA CONSEGUIR UM TRANSFORMADOR NA ESCOLA: Há escolas que necessitam de transformador: instalá-lo ou trocá-lo. Rede Cemat exige 200 dias para instalar novo transformador.

·         ESCOLAS ADQUIREM APARELHOS DE AR CONDICIONADO E COMPUTADORES COM RECURSOS PRÓPRIOS: há escolas que os aparelhos foram adquiridos com recursos próprios e com a promessa por parte da Seduc de que a rede seria reformada, o que não aconteceu.

·         DEMANDA DO PRÓFUNCIONÁRIO: foi levantado a necessidade de ampliar a vagas do Prófuncionário e ate mesmo abrir nos CEJAS, cursos para atender a demanda social.  

·         REFORMA QUE JÁ DURA MAIS DE TRÊS ANOS: foi denunciado a existência de reforma que já dura mais de três anos e que não tem empresa para terminar a obra.

Diante da avaliação das escolas, os representantes de escolas definiram os seguintes pontos para a semana de paralisação na rede estadual que acontecerá de 22 a 26 de abril:

24 de abril – 08:00 hs: apresentar o DOSSIÊ sobre a situação das escolas estaduais na Praça da Igreja Nossa Senhora do Carmo, no centro de Várzea Grande. As escolas devem tirar fotos e encaminhar para a Subsede fazer o mural;

25 de abril – 14:00 hs: ato público de protesto em frente ao Palácio do Governo e caminhada até a Assembleia Legislativa;

26 de abril – 14:00 hs: ASSEMBLEIA GERAL DA CATEGORIA para Avaliar a semana de paralisação da rede estadual, na Escola Presidente Médice em Cuiabá.

De acordo com Gilmar Soares, também foi definido a produção de um panfleto explicativo sobre os motivos da greve e de denúncia das situações encontradas nas escolas.  “A grande avaliação dos presentes é a certeza de que temos que denunciar e lutar por mais recursos na educação, para que nossas escolas, além de vagas, ofereçam qualidade na aprendizagem e nossas escolas sejam um espaço bem acolhedor para os alunos”, concluiu o presidente da Subsede. 

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