terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vigilância Sanitária de VG irá interditar a CEMEI Mariana Rodrigues

 Laudo da vigilância sanitária aponta mais de 10 irregularidades no 
funcionamento do CEMEI 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares Ferreira, visitou nesta quinta-feira (14/11) o Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Mariana Rodrigues de Azevedo, localizado no bairro Mapim. A escola foi notificada pela Vigilância Sanitária (VISA) pelas péssimas condições de infraestrutura. 

O CEMEI foi vistoriado pela Vigilância Sanitária no dia 10 de novembro, e deverá ser interditada, caso os problemas apontados não forem resolvidos ainda em 2013. Ou seja, o  CMEI  poderá não receber o Alvará de Licença para funcionar em 2014 por falta de condições das instalações para receber crianças de 2 a 4 anos.

No laudo, a VISA aponta os seguintes pontos que devem ser resolvidos imediatamente:
- Construção de salas para professores/funcionários e sala da direção escolar. A recepção da escola  funciona como sala de direção e dos educadores;
- Ampliação e reforma das salas de aulas. A maioria das salas estão foram das  medidas padrões exigidas pela normativas de educação infantil.. Além de pequenas, as salas não tem iluminação e nem ventilação. 
- Trocar todo o piso da escola. O Piso é inadequado pra crianças de 2 a 4 anos;
- Melhorias e reparos nas instalações elétricas que apresentam defeitos, tomadas irregulares, fiação expostas, tampadas com fita crepe e ventiladores despregando do forro. 
- Construção de Banheiros Masculino e Feminino e de lavanderia - A lavanderia improvisada, fica dentro do banheiro (não tem banheiro masculino e feminino). O piso não é antiderrapante. Para proteger as crianças das quedas são usados tapetes improvisados;
- Troca de telhado e forro que é de madeira e devem ser trocados. O forro e telhado não possuem caimento e já cederam com as chuvas. As salas estão sendo inundadas no período chuvoso. 
- Reforma e ampliação da cozinha e refeitório. O espaço usado para fazer a alimentação das crianças além de pequeno e sem ventilação, não tem azulejos nas paredes. A VISA exigiu que sejam azulejadas todas as paredes da cozinha e refeitório. 
- Construção de um reservatório de água. A caixa usada como reservatório fica no chão coberta com ripas de madeira;
- Aquisição de novos brinquedos para o parquinho infantil. Os brinquedos são de ferros e inadequados para crianças de  2 a 4 anos. 

- Cobertura do parque infantil e pátio da escola.


Além dos problemas citados pela VISA, na CMEI, um quebra sol foram improvisados para evitar o super aquecimento de salas e para amenizar o calor das técnicas que cuidam da alimentação das crianças, uma vez que na cozinha não há exaustor e parte dos alimentos são preparado na área que no período da tarde recebe a luz do sol de forma direta. Outro problema na escola é que na frente da CMEI uma armação de ferro sem o toldo, que está sendo aguardado há  3 anos. A cobertura possibilitaria o uso do espaço pelas crianças.

 A Diretora da Escola, professora Magda de Souza Hintze, encaminhou o laudo à Secretaria Municipal de Educação (SME) e a cada 15 dias, de acordo com as exigências da VISA, deverá cobrar soluções para os problemas apontados, já que esta não foi a primeira vez que a escola recebeu uma notificação da Vigilância Sanitária. A escola aguarda as reformas há 3 anos. 

Alimentação escolar insuficiente



Além desses inúmeros problemas de infraestrutura, durante a visita do sindicato, foi possível ainda constatar a precariedade na alimentação escolar. Nas prateleiras poucas caixas de leite (longa vida), vários pacotes de bolacha salgadas, alguns pacotes de macarrão, feijão e açúcar.  "Antes recebíamos 49 litros de leite por semana, que caiu para 29 e agora recebemos apenas 13 litros para fazer as mamadeiras de 60 crianças. O leite que temos aqui é doação dos pais e a comunidade escolar", afirmou a diretora apontando para 4 caixas de leite que restavam na prateleira. 

Ainda, durante a visita, a direção do CEMEI, recebeu 3kg de carne, que por estarem congeladas não foi possível verificar a qualidade. Na geladeira, para não dizer que estava vazia, foram encontrados aproximadamente uma dúzia de tomates. 

De acordo com os relatos da funcionária a escola não tem recebido pão e  nenhuma frutas. “Por semana recebemos apenas 3 kg de carne de frango, que é complementado com cotas entre os funcionários e professores para completar uma refeição para 60 crianças”, afirmou a funcionária. 

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