Escrito pela CNTE
Definindo o
calendário de mobilização para o segundo semestre, a CNTE decidiu, em aprovação
unânime da plenária, a realizar um acampamento em frente ao Senado Federal para
pressionar a votação do Plano Nacional de Educação no Senado. O PNE aguarda uma
decisão final a três anos e meio.
O acampamento será
o ponto principal da agenda de mobilização da CNTE para o segundo semestre. No
mês de agosto, as centrais sindicais seguem na luta contra o projeto 4330, que
trata da terceirização de trabalhadores. Dia 30 de agosto, Dia Nacional de
Paralisação, marcará o início do acampamento, que ficará instalado até que o
PNE tenha uma solução definitiva.
“Tivemos o
compromisso de todas as entidades de enviarem trabalhadores para estarem nesse
acampamento em etapas que já foram acertadas no CNE. Teremos sempre uma boa
movimentação de pessoas, dialogando com os parlamentares, com os funcionários
públicos dos diversos ministérios da Esplanada, com o povo de Brasília, enfim,
chamando a atenção para a necessidade do PNE ser aprovado esse ano”, afirma
Roberto Leão, presidente da CNTE.
Leão lembra que o
PNE precisa deixar clara a destinação dos 10% do PIB para a educação pública,
com ênfase nessa questão, para que seja possível avançar na construção de uma
escola que seja efetivamente de qualidade, socialmente referenciada e que faça
jus às necessidades do povo brasileiro.
No dia 12 de agosto, quarta-feira, foi votada a destinação dos royalties do petróleo para saúde e
educação e a entidade esteve mobilizada na Câmara para pressionar os deputados
a aprovarem a proposta original, descartando as alterações que comprometem
consideravelmente os recursos para a educação.
A CNTE também
elaborou uma nota oficial, aprovada pelo conselho, sobre o projeto 4330,
afirmando que não há negociação em um projeto que nada contribui para a classe
trabalhadora brasileira. A CNTE e a CUT estão mobilizadas para impedir a
aprovação dessa proposta que impacta também a educação, já que em alguns
estados parte dos funcionários de escola já são terceirizados, medida combatida
fortemente pela CNTE.
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