Por Gilmar Soares, presidente do SINTEP/VG
Gilmar Soares |
Pela aprovação da emenda, os "nobres edis]' de Várzea Grande
gozarão de 81 dias de férias, um período nada desprezível para uma cidade que é
o segundo município em população no estado e que é a terceira economia em MT.
Ao que tudo parece, nesta cidade não há problemas sociais e nem econômicos para
justificar período tão elástico de férias.
Chama a atenção o fato de que os servidores em geral tem 30
dias de férias, com exceção dos professores e professores que tem 45 dias de férias
anuais por conta do desgaste da profissão. Há que se perguntar: As atividades
desenvolvidas pelos vereadores tem acarretado desgaste físico e emocional que
justifique quase três meses de férias?
É preocupante que no município de Várzea Grande, temos
vivenciados situações inusitadas, como nas escolas municipais em o ano letivo começa
em março e nenhuma audiência pública na Câmara de Vereadores foi convocada para
debater o tema. Outros temas são deveras importantes que o legislativo municipal se ocupe de lançar luzes para o executivo agir: a violência que
atinge nossa cidade, a questão da merenda escolar, a questão da arrecadação do
IPTU e ISSQN, a questão das condições das salas anexas e móveis na rede
municipal de ensino, a questão do atendimento da demanda da educação e da
saúde.
Há que se pensar que um legislativo autônomo e independente
em Várzea Grande, seja condição de um executivo mais atuante e compromissado do
ponto de vista das políticas públicas. Há que se pensar que o respeito aos
ritos ordinários a que as matérias devem ser submetidas na Câmara de Vereadores
é condição para que a população acompanhe as questões que influenciarão a sua vida. Caso exemplar foi a votação do
Novo Plano de Carreira dos Profissionais da Educação da Rede Municipal, onde os
educadores se quer tinham em mão um documento oficial demonstrando o que estava
sendo votado.
Defendemos o devido descanso a quem de fato trabalha. Parece
não ser o caso das decisões administrativas em Várzea Grande: funcionários da educação
acumulam férias e licenças-prêmio e não são atendidos no seu direito de
gozá-las, Oxalá tivéssemos as condições de gozar nossos direitos. Com certeza,
não reivindicaremos mais dias de férias, para além daquilo que já é
constitucional.
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