2. Não foi uma greve que limitou as férias, mas sim a
prática da gestão municipal em protelar o início do ano letivo, justamente com
o intuito de impedir que a categoria iniciasse o ano letivo com greve, devido
ao quadro caótico em que se encontrava a rede municipal;
3. É sim, de se lamentar, que um ente como o município, em
nosso caso o segundo maior município do estado,
inicie as aulas na rede municipal somente em março, como aconteceu este
ano, levando prejuizo ao aprendizado das crianças, aos pais e mães que precisam
da creche e da escola para seus filhos e a toda a sociedade varzeagrandense;
4. O pior é sabermos que tal manobra, a de retardar o início
do ano letivo, tem o intuito de economizar recursos às custas dos alunos e das
escolas, uma vez que as escolas por um mês sem funcionar é condição de
diminuição nos gastos da gestão escolar, na alimentação escolar e no transporte
escolar. Há que se perguntar, para onde vai os recursos que deveriam ser
investido no período em que a rede não funcionou?
5. Não é muito fazer a memória da situação das nossas
escolas no dia 05 de março, dia do início do ano letivo, como foi noticiado nos
jornais: "Ainda segundo os profissionais, as redes de educação municipal
de Várzea Grande não possuem infra-estrutura adequada para receber os alunos.
Fato este, que ocasionou o adiamento do ano letivo do município por quatro
vezes. “As aulas deveriam ter começado desde o dia 12 de fevereiro, contudo nossas
escolas não estão podendo receber os alunos. Faltam materiais escolares, muitas
unidades estão com problemas físicos que impedem o início das aulas”, explicou
a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público Várzea Grande (Sintep/VG)”,
(Jornal Cicuito Mato Grosso - 05/03/2012);
6. Em que pese a paralisação nacional, de 3 dias convocada
pela CNTE, pelo Piso Nacional dos
Educação e pela Aprovação do Plano Nacional de Educação com 10% do PIB em
educação e a adesão significativa das escolas da rede municipal em Vàrzea
Grande, este fato não consistiria em motivo para não fechar o semestre letivo
no início de julho, caso as aulas tivessem início no dia 12 de fevereiro;
7. Queremos lamentar este tipo de interpretação dos fatos e
dizer, que para além de justificar os poucos dias de férias, é preciso garantir
as condições para que nossos alunos frequentem a escola dignamente inclusive
preservando os sábados para convívio dos familiares de educadores e alunos.
Para tanto as aulas não podem mais começar em março. Os recursos da educação
são carimbados e caem religiosamente todo dia 10, 20 e 30 de cada mês; Os
profissionais da educação em sua maioria são efetivos; temos recursos próprios
para poder manter as escolas. Portanto, não justifica que o ano letivo se
inicie tão tardiamente em nosso município.
8. Queremos, por fim, reafirmar à sociedade varzeagrandense,
a luta por uma escola pública municipal de qualidade que seja socialmente
referenciada nas necessidades da população. Se é bom para a educação, será
melhor para a sociedade.
SINTEP - SUBSEDE DE VÁRZEA GRANDE
LIVRE, DEMOCRÁTICO E DE LUTA
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