Os relatos sobre as
precárias condições de atendimento da alimentação escolar em
Várzea Grande continuam. Os problemas vão desde a falta de
alimentos até a devolução de produtos como a carne em função do
alto índice de sebo.
O presidente do
Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso
SINTEP-MT (Sintep/VG), Gilmar Soares, visitou a Escola Municipal de
Educação Básica David Mayer, localizada na rua principal s/n°, no
Bairro São Simão, na semana que antecedeu o início da greve e
encontrou apenas macarrão nas prateleiras.
“Dentre os relatos
que estão chegando, o problema da irregularidade na entrega dos
produtos é o mais frequente. Em algumas escolas faltam produtos
básicos como arroz, macarrão e outros. Já em outras escolas os
armários estão completamente vazios. A realidade denunciada é de
que não chegam alimentos suficientes. A gestora de uma escola relata
que recebeu duas unidades de mamão e algo em torno de 30 laranjas
para distribuir entre 150 alunos. Ainda, de acordo com os relatos,
uma equipe da Secretaria Municipal de Educação (SME) tem visitado
as escolas e orientado que as crianças não devem entrar uma segunda
vez na fila da merenda”, afirma o presidente do Sintep/VG.
“Segundo uma técnica
em nutrição escolar, as crianças que estudam em uma realidade de
carência reclamam da falta de alimento na escola. “É de doer o
coração, os alunos as vezes pedem para comer a sobra da panela de
tanta fome”, frisou a servidora que pediu para não se identificar.
Diante dos relatos, os
trabalhadores da rede municipal, em Assembleia Geral, indicaram para
a direção publicar no blog uma espécie de QUADRO MURAL DA MERENDA
ESCOLAR EM VÁRZEA GRANDE. “O quadro mural será uma espécie de
espaço para se publicar as aberrações que acontecem em torno da
merenda escolar em nosso município”, explica o professor.
Redução do número
de servidores nas escolas
Outra reclamação
geral é a redução do número de servidores nas escolas. Os
trabalhadores da educação relatam que a SME vem recontando os
alunos nas escolas e onde houve redução de alunos, promovem também
a redução do quadro de pessoal. Escolas que tinham três
merendeiras, agora só tem uma. Nas escolas onde tem o Programa Mais
Educação, do Governo Federal em parceria com o município, o
problema é ainda mais grave. As merendeiras afirmam que não tem
ajuda para preparar os alimentos. Informam que tem que preparar e
servir os alimentos para os alunos que estão no programa e para os
alunos que estão nos seu horário normal.
“Diante dessas
situações, a direção do SintepVG solicita aos servidores que
enviem seus relatos sobre a situação da merenda escolar. O Objetivo é protocolar no Ministério Público e no
Tribunal de Contas do Estado, a realidade vivida em Várzea Grande”,
conclama o professor Gilmar Soares .
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