Pais ficam revoltados ao ler o bilhete no portão da escola |
Como se já não
bastasse a determinação do fechamento das creches para dia 30 de
novembro, o que vai prejudicar mais 2.500 crianças e vai custar a
demissão de quase mil funcionários, creches em Várzea Grande
limitam o atendimento dos alunos por falta de infraestrutura.
Por problemas no
reservatório de água, a Escola Ana Rosa da Silva vem dispensando os
alunos por falta de água. O problema já foi apresentado à
Secretaria Municipal de Educação de Várzea Grande (ME/VG). Mas a
resposta foi negativa. Não há recursos para fazer o reparo da caixa
d’agua. “Há três meses, estamos solicitando reparo da caixa,
mas a SME/VG joga o problema para a escola resolver”, afirma uma
servidora que não quis se identificar.
Hoje, segunda-feira, os
pais, mães e responsáveis se depararam com aviso no portão, no
período vespertino, “aula só até as 15h”. Uma mãe chegou a
reclamar do sofrimento de ter que trazer as crianças lá do Parque
do Lago, para chegar na escola e ter aula por meio período.
Os problemas com a
infraestrutura de outras escolas se repetem. A CMEI Eleuza Maria
Souza Santos, vem funcionando sem energia elétrica a mais de um
mês. Uma situação que gera outros transtornos para a comunidade
escolar.
O problema é a falta
de um padrão de energia tri-fásico na rede na escola. Sem o padrão,
não há como ligar congeladores e ar condicionado nas salas. A SME
já foi acionada para corrigir o problema, mas nada foi feito. Mais
uma vez é a falta de recursos que expõe as escolas e creches ao
vexame de não conseguir atender aos alunos.
O pior de toda esta
situação, “é que o prefeitura joga a obra para a
responsabilidade da escola. Sem recursos para este tipo de
intervenção, as crianças é que ficarão no prejuízo”, relata
uma mãe de aluno.
Para o presidente da
Subsede do SINTEP/VG, Gilmar Soares Ferreira, os problemas vão
aumentando com muita rapidez na rede. “Poderemos ter um final de
ano letivo mais dramático do que imaginamos. Nossa esperança é que
o Ministério Público garanta ao menos o funcionamento da creche até
o final do calendário letivo”, avalia o presidente do sindicato.
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