Férias vencidas há quase 10 anos, licenças prêmios negadas, trabalham 36 horas e só recebem por 30 horas, sem adicional noturno, enquadrados com pro-funcionário (nível médio) e só recebem como nível elementar. Essas são algumas das situações irregulares relatadas pelos agentes de segurança e manutenção que atuam nas escolas da rede municipal de Várzea Grande.
O
encontro organizado pela subsede de Várzea Grande do Sindicato dos
Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) reuniu
mais de 100 funcionários, nesta quinta-feira (4), às 8h30, no Hotel
Hits Pantanal, para fazer o levantamento das irregularidades e
estudar a possibilidade de entrar com uma ação na justiça para a
garantia dos direitos constitucionais.
“Assumi
o concurso público em 2002 e só tirei férias uma única vez,
nestes 10 anos de trabalho”, afirmou, Teti Jony, agente de
segurança e manutenção, lotado na Escola Municipal Aristides
Pompeu de Campos. “Além de não poder gozar as férias, não
recebo 1/3 de férias e nem licença prêmios”, completou o
funcionário que também recebe como nível elementar, sendo que já
foi enquadrado na carreira com nível médio. A mesma situação
também é vivida por Jair Figueredo de Assunção lotado, desde
2004, na Escola Dirce Leite de Campos. Ele calcula um prejuizo
salarial de R$ 400,00 por mês, sem somar as horas trabalhadas nos
fins de semana que não recebe.
Para
o presidente da subsede de Várzea Grande e secretário de
comunicação do SINTEP/MT, Gilmar Soares Ferreira, a situação já
foi tratada com o Secretário Municipal de Educação, Odenil
Sebba,
em audiência e nenhuma providência foi tomada. "Diante disso,
só resta ao sindicato estudar as possibilidades de entrar com ações
individuais na justiça para cobrar os direitos sonegados aos agentes
de segurança e manutenção das escolas," afirma Gilmar Soares,
lembrando que a audiência foi realizada há mais de 3 meses e já
foi protocolada três solicitações de nova audiência que não
foram respondidos pela administração municipal.
“Lamento
profundamente que uma administração não tenha a capacidade de
dialogar com a categoria, assumir os erros e de apontar as soluções
para resolver os problemas,” lamentou o presidente da subsede de
Várzea Grande, Gilmar Soares.
Ação
Judicial
O
Assessor Jurídico da subsede do Sintep/VG, o advogado Bruno
Boaventura, solicitou os holerites, os comprovantes de enquadramento
e cópia da livro ponto para entrar com as ações individuais. O
advogado atende na subsede todas às tardes de quinta-feira.
Além
da ação judicial, a direção da subsede já protocolou nova
solicitação de audiência. Também já foi marcado a realização de um novo conselho de
representantes, que acontecerá em novembro, com toda a rede
municipal, para discutir os rumos do movimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.