segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Trabalhadores da rede municipal de educação lotam galerias da Câmara de Vereadores


Audiência Pública aponta crescimento das receitas e redução da folha de pagamento

Nesta segunda-feira chuvosa, (30/09), os  profissionais da rede municipal de Várzea Grande   que tinham manifestação na porta do gabinete do prefeito Wallace Guimarães, conforme calendário da Semana de Mobilização da Rede Municipal de Ensino, por causa da chuva, ocuparam, novamente as galerias da Câmara Municipal de Vereadores, para acompanhar a Audiência Pública de apresentação do relatório de prestação de contas do segundo quadrimestre de 2013. 

Os trabalhadores da educação da rede municipal de Várzea Grande participaram da Audiência Pública interagindo com faixas e cartazes durante as falas do Secretário de Finanças e do Secretário de Educação. 

Segundo o presidente do subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares Ferreira, a audiência foi importante para confirmar em público a não aplicação dos 25% dos recursos do município na educação. “Conforme já foi notificado pelo Tribunal de Contas, o município, investe na educação menos de 16%  do que arrecada , um percentual longe dos 30% que é determinado pela Lei Orgânica. Portanto, isso comprova a falta de prioridade com que a educação está sendo tratada pela atual gestão em Várzea Grande. Demonstra também a falta de vontade política dessa administração em resolver os problemas da educação”, avalia o professor Gilmar Soares.


Nova audiência
O Secretário Municipal de Educação, Jonas Sebastião da Silva, tentou justificar, enumerado as dificuldades enfrentadas pela atual administração e anunciou o pagamento das diferenças salárias até outubro. E, também, marcou uma reunião com a direção do Sintep/VG, para o final da tarde desta segunda-feira. 

De acordo com os dados fiscais referentes ao segundo quadrimestre do ano, apresentado pela secretaria de Finanças, os meses de maio, junho, julho e agosto, mostram um crescimento de  22%, sobre o mesmo intervalo do ano passado. Isso mostra que além da não aplicar os recursos da educação, conforme determina a legislação, foi possível perceber também. que a arrecadação aumentou, enquanto que os gastos foram reduzidos, ou seja o comprometimento das receitas do município com a folha de pagamento caiu.  

Paciência esgotou
O professor Gilmar Soares apontou aos vereadores e secretários municipais presentes, que a  divida do município com a categoria está crescendo.”Em 2013, ainda não houve reposição das perdas inflacionárias na data base dos servidores públicos, a prefeitura não paga o piso profissional, não paga as horas-atividades, existem vários servidores com 4 e 5 férias e licenças prêmio vencidas, os funcionários com profissionalização recebem abaixo do salário mínimo”, afirmou o presidente do sintep/vg na tribuna da Câmara de Vereadores.

“Já se passaram nove meses de Administração, é preciso que se estanque os prejuízos dos professores e funcionários da educação, é necessário que arrume a vida funcional. O prefeito diz que o diálogo está aberto, mas não apresenta nada de concreto. Não há como esperar mais, a paciência dos trabalhadores/as da educação acabou. O prazo foi dado, a greve tem data para começar, será dia 14 de outubro”, Gilmar concluiu dizendo que está na mãos do executivo e do legislativo evitar mais uma greve este ano na rede municipal de educação 

A categoria realiza uma nova Assembleia Geral, no dia 7 de outubro, para avaliar o Cenário, declarar  Assembleia Permanente e incio da Greve e definir Calendário de Mobilização da Greve. A Greve por tempo indeterminado está marcada para começar dia 14 de outubro. 

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