A Direção da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso de Várzea Grande (Sintep/VG) convocou e realizou neste dia 11 de abril (quinta-feira) o Conselho de Representantes das Unidades Escolares da Rede Estadual, com objetivo de organizar a participação de Várzea Grande na semana de Paralisação na luta pelo piso de R$ 1.937,26; posse dos classificados no concurso público; horas atividades para interinos, dentre outros.
Segundo o presidente
do Sintep/VG, Gilmar Soares, os representantes das unidades escolares
apresentaram a realidade vivida nas escolas. “Foram muitos os problemas apresentados,
bem diferentes do que o governo vem apregoando em matérias pagas na televisão,
de que o governo tem feito muito pela educação em nosso estado. Pelo menos em
Várzea Grande não se confirma o teor da matéria veiculada pelo Governo Silval
Barbosa”, afirmou o professor Gilmar.
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ESCOLAS
ESTÃO SEM RECEBER VERBA DO PDDE: a informação é de que as escolas estaduais
estão sem receber repasses da SEDUC e muitas escolas tem tido dificuldade de
adquirir materiais pedagógicos ou estão comprando fiado, repetindo esquemas já
superados nesta mesma gestão;
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ESCOLAS ESTÃO COM PROBLEMAS COM A ALIMENTAÇÃO
ESCOLAR:
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SALAS
SUPERLOTADAS: em várias escolas há superlotação de turmas. Em regiões com
construção de conjuntos habitacionais, o problema aumenta. Situação física das
escolas (ausência de laboratórios, computadores, ar condicionado, bibliotecas,
quadra coberta) tem provocado êxodo dos alunos para outras escolas.
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FALTAM
ESCOLAS ESTADUAIS PARA ATENDER A DEMANDA DE MATRÍCULAS. As filas denunciam a
cada período de matrículas que não planejamento para atendimento da demanda
entre o poder público estadual e o poder público municipal, o que redunda em
alunos fora da escola ou pais e mães dormindo em fila para conseguir matricular
seus filhos.
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ACONTECE RODIZIO DE TURMAS EM ESCOLA DE VÁRZEA
GRANDE: há denúncia de rodízio de turmas em uma escola de Várzea Grande e
também de salas de aulas funcionando nas mesas do refeitório ou debaixo de
arvores;
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GRATIFICAÇÃO DE DIREÇÃO E SECRETÁRIO DE
ESCOLAS PROMOVE SUPERLOTAÇÃO DE TURMAS EM ESCOLA: tendo em vista que a
gratificação de direção e coordenação vale mais dinheiro a partir do número de
alunos matriculados e frequentes, há denúncia de salas com até 60 alunos em VG.
Outro problema é a pressão sobre os professores. Estamos vivendo a ditadura do
burocratismo e do ativismo nas escolas.
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ESCOLAS ESTADUALIZADAS E SEM PRÉDIOS PRÓPRIOS
ou onde os prédios alugados não tem as medidas exigidas, ou seja são menores,
há problema com o número de aluno e o sistema e com o numero de profissionais,
tanto da articulação quanto da limpeza.
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DEFICIÊNCIA
DE APRENDIZAGEM: vem crescendo o número de alunos com deficiência de
aprendizagem o que exige acompanhamento especial. Há dificuldades crescentes
com o atendimento desses alunos em virtude da insuficiência de pessoal.
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TRABALHO
DO TAE NOS CEJAS: foi levantado o problema dos TAEs nos CEJAs. Em função da
matrícula trimestral, o trabalho de escrituração se acumula a cada três meses e
precisa ser pensado uma forma a não sobrecarregar os mesmos.
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MUROS CAINDO: algumas escolas em VG estão com
o muro caindo. Mesmo com denúncias na mídia televisiva e promessa de
reconstrução pela SEDUC, o problema continua, pois as obras não iniciaram;
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APARELHOS DE AR CONDICIONADO EMPILHADOS:
diversas escolas denunciam que tem aparelhos de ar condicionado a 3 ou 4 anos
empilhados. Quando instalados, não funciona, pois a rede de energia não
suporta.
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LABORATÓRIOS DE INFORMATICA SEM USO: a
situação se repete com laboratórios de informática. Há escolas que a energia
não suporta. Revisão na rede já foi solicitada mas a SEDUC não atende o pleito.
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REDE CEMAT LEVA 200 DIAS PARA CONSEGUIR UM
TRANSFORMADOR NA ESCOLA: Há escolas que necessitam de transformador: instalá-lo
ou trocá-lo. Rede Cemat exige 200 dias para instalar novo transformador.
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ESCOLAS ADQUIREM APARELHOS DE AR CONDICIONADO
E COMPUTADORES COM RECURSOS PRÓPRIOS: há escolas que os aparelhos foram
adquiridos com recursos próprios e com a promessa por parte da Seduc de que a
rede seria reformada, o que não aconteceu.
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DEMANDA DO PRÓFUNCIONÁRIO: foi levantado a
necessidade de ampliar a vagas do Prófuncionário e ate mesmo abrir nos CEJAS,
cursos para atender a demanda social.
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REFORMA QUE JÁ DURA MAIS DE TRÊS ANOS: foi
denunciado a existência de reforma que já dura mais de três anos e que não tem
empresa para terminar a obra.
Diante da avaliação
das escolas, os representantes de escolas definiram os seguintes pontos para a
semana de paralisação na rede estadual que acontecerá de 22 a 26 de abril:
24 de abril – 08:00
hs: apresentar o DOSSIÊ sobre a situação das escolas estaduais na Praça da
Igreja Nossa Senhora do Carmo, no centro de Várzea Grande. As escolas devem
tirar fotos e encaminhar para a Subsede fazer o mural;
25 de abril – 14:00
hs: ato público de protesto em frente ao Palácio do Governo e caminhada até a
Assembleia Legislativa;
26 de abril – 14:00
hs: ASSEMBLEIA GERAL DA CATEGORIA para Avaliar a semana de paralisação da rede
estadual, na Escola Presidente Médice em Cuiabá.
De acordo com Gilmar
Soares, também foi definido a produção de um panfleto explicativo sobre os
motivos da greve e de denúncia das situações encontradas nas escolas. “A grande avaliação dos presentes é a certeza
de que temos que denunciar e lutar por mais recursos na educação, para que
nossas escolas, além de vagas, ofereçam qualidade na aprendizagem e nossas
escolas sejam um espaço bem acolhedor para os alunos”, concluiu o presidente da
Subsede.
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